Trazemos nesse momento um breve resumo das nossas discussões no último encontro. Leiam e participem!
Lucia Santaella em seu texto “a leitura fora do livro” aborda os três tipos de leitores que, de acordo com ela, existem na atualidade: o leitor do livro - leitor contemplativo – que impõe seu ritmo à leitura e lê de forma sequencial. O leitor fragmentado que é o leitor após a revolução industrial, o leitor das imagens e fragmentos da grande cidade, o leitor veloz que, como diz Benjamin, está acostumado aos cortes do cinema. O leitor virtual que é o leitor da hipermídia e do hipertexto. Um leitor que faz seu próprio percurso de leitura mas que pode se perder em meio ao seu processo de leitura se não souber como organizar-se nesse processo de leitura imaterial.
A partir da leitura do texto de Santaella e do debate com o grupo do PIC, pareceu-nos que o entrevistado seria mais próximo do leitor fragmentado de que fala Santaella. Isso porque segundo afirma a autora, tal leitor diz que faz leituras rápidas, curtas e que nem sempre termina as leituras iniciadas realizando-as de forma fragmentada. Como bem lembraram na discussão coletiva, vê-se que algumas vezes sua leitura parte de um pequeno indício como um título de um livro como foi o caso da situação em que narra a peça criada por ele sobre a CERJ a partir do título do livro “o anjo da luz”. No entanto, ao afirmar que os espaços de leitura de que se utiliza são o quarto e a biblioteca tendo a necessidade do silêncio para a leitura pareceu-nos relacionar-se ao leitor contemplativo discutido pela autora. Da mesma forma, fica claro a partir de suas falas que o computador não é utilizado por ele como suporte ou espaço de leitura fazendo-nos pensar que ele parece estar excluído dessa leitura realizada, segundo Santaella, pelo leitor virtual que navega pelos hipertextos e hipermídias da internet. Podemos nessa breve análise acerca das falas do entrevistado dizer que percebe-se que ele realiza suas leituras tanto em sua dimensão de leitura contemplativa quanto de leitura fragmentada articulando as duas em suas práticas de leitura cotidiana.
Adriana Hoffmann
Diante desse olhar, o que mais podemos dizer sobre ele? Será que ele pratica a leitura “como experiência” na dimensão que lhe atribui Sônia Kramer? O que vocês acham? Aguardamos as opiniões de vocês!!
Fonte:
SANTAELLA, Lucia. A leitura fora do livro. Disponível em:
http://www.pucsp.br/pos/cos/epe/mostra/santaell.htm; acesso em 3 de maio de 2008.
KRAMER, Sônia. Leitura e escrita como experiência – seu papel na formação de sujeitos sociais. Revista Presença Pedagógica, vol6 nº 31, jan/fev de 2000. Disponível em: http://www.presencapedagogica.com.br/capa6/artigos/31.pdf acesso em agosto de 2008.
2 comentários:
Adriana,
De acordo com Sônia Krammer, a leitura como experiência deixa marcas, provoca reflexões. Tomando as falas do entrevistado, porém, não ficou clara essa experiência. Segundo seu relato seu contato com leituras está restrito a livros técnicos. Pode ser que ele não tenha consciência de suas leituras,ou melhor dos rastros que elas lhe deixou.Você não acha que isso pode acontecer?
Bjs
Célia
Isso é algo a se pensar, Célia... Vamos abrir o debate e ver o que o restante do grupo acha. E vocês do PIC o que acham do que Célia traz? Está aberto o debate! Apareçam!Não se intimidem,OK?
Beijos,
Adriana
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