Olavo Bilac denominou nosso idioma em seu poema “Língua Portuguesa” como “Última flor do Lácio” por ser a última das filhas do latim (originário da região do Lácio, na Itália, colônia de povos latinos). Certamente, o fez pensando na importância histórica do português e toda gama de influências que herdamos dos romanos para traduzir a vida em palavras.
No documentário “Língua – Vidas em Português” (Victor Lopes, 2001) nos são apresentados 06 países que compartilham o idioma (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão) retratando a multiplicidade cultural através da vida de personagens anônimos em cada um dos 04 Continentes. A narrativa reporta-se à memória dos envolvidos, a fusão religiosa e cultural, os traços que ficaram em cada local a partir da herança portuguesa, e, em paralelo destacam-se entrevistas interessantes envolvendo ícones culturais como José Saramago, Mia Couto, João Ubaldo Ribeiro, Martinho da Vila e MadreDeus.
O documentário faz apologia à importância das raízes (memórias), o fenômeno da língua e todas descobertas a partir da fusão de conceitos e idéias entre povos diversos. A língua portuguesa mantém sua majestade e imponência por estreitar de forma calorosa e ímpar povos tão distantes entre si, caracterizando o falar como bela expressão de nossa alma. É um documentário itinerante, dinâmico, cheio de surpresas e “com um toque especial de Brasil”. Destaque especial para as entrevistas com os renomados escritores João Ubaldo Ribeiro e José Saramago que, em suas sabedorias, lançam luz sobre o valoroso tesouro que é a nossa língua, cada um ao seu modo, como se estivessem fazendo uma linda homenagem à mulher amada.
(por Giancarlo)
5 comentários:
Gian,
Parabéns pelo texto! Muito bem escrito!
Um beijo,
Adriana
Gian,
Seu relato a respeito do filme ficou muito envolvente, despertando o desejo imediato de assisti-lo.
Abraços
Célia
Gian,
Assim como a Célia também tive vontade de assistir a esse filme somente pela forma como o descreveu.
Parabéns!
Maria Clara
Vale a pena assistirem!
Beijos,
Adriana
Giancarlo tem este filme, já que usamos em mossa disciplina Oficina Literária, no Curso de Letras.
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