segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Histórias da infância distante por Gilka Girardello

A cena da avó na cadeira de balanço contando antigas histórias para os netinhos é coisa do passado nas grandes cidades de hoje - afinal, mudaram as famílias e mudaram as avós. Mas podemos tomar essa imagem de um jeito mais simbólico, mais arquetípico, referindo-se a todos os adultos que contam coisas de sua infância para as crianças. E aí a cena poderá virar fonte de energia e de inspiração para o trabalho dos contadores de história de hoje.
Um poeta e pedagogo russo, Kornei Chukovski, disse há quase cem anos que tendemos a contar às nossas crianças as histórias, poemas e cantigas que mais nos tocaram quando nós próprios éramos crianças. E que só nos ficaram na memória aquelas que tinham algo de especial, engenhoso ou profundo. Assim, diz Chukovski, no fim das contas quem escolhe as histórias para as crianças de hoje são as crianças de ontem! Como numa corrida de revezamento, a criança de uma geração recebe uma tocha e atravessa a vida carregando-a acesa na profundeza da memória para entregá-la à criança que espera ansiosa na próxima curva do percurso.
Se isso vale para as histórias e cantigas que ouvimos quando crianças, vale também para as narrativas de nossas pequenas e grandes aventuras cotidianas. Muitas vezes meu pai nos contou – a mim e aos meus irmãos - da primeira noite em que a luz elétrica iluminou sua cidadezinha natal, no interior do Rio Grande do Sul, quando ele tinha uns cinco anos de idade. “Me lembro como se fosse ontem”, dizia, e os olhos dele se iluminavam como as ruas e a praça onde em 1925 o povo boquiaberto se maravilhara com a chegada do futuro.
Aos poucos também as histórias que a gente viveu vão ficando antigas – dependendo de quem ouve e por mais que o fato nos pegue de surpresa - e com sorte vão ganhando um discreto charme por conta disso. Lembro do assombro incrédulo na cara de meus filhos quando lhes contei do dia em que a televisão – em preto-e-branco! - chegou na nossa cidade, a Porto Alegre da década de 60. Era um assombro parecido com o que eu devia mostrar a meu pai quando ouvia as suas histórias de menino.
Os casos que lembramos de nossa própria infância são aqueles que mais impressionaram a menina ou o menino que fomos, ainda que nem sempre saibamos por quê. Frequentemente esses casos têm a ver com coisas que vimos pela primeira vez, não só novidades tecnológicas como a lâmpada elétrica ou a televisão, mas todo o contato com o novo. Quem não tem uma história de família sobre a primeira vez em que uma criança viu o mar? A primeira viagem de avião ou de barco, o primeiro encontro com um grande animal (seja o cavalo no pasto ou o leão no circo), a primeira vez em que quebramos um braço ou em que nos perdemos na multidão: a primeira vez a gente não esquece mesmo, porque a imaginação infantil se nutre de coisas novas. (...)
Outro caso exemplar é o que Army Capanema, uma narradora de Florianópolis hoje com quase 80 anos, costuma contar: ela era menina e brincava com o irmão no armazém de secos-e-molhados de seu pai quando caiu dentro do poço onde era guardado o feijão a granel. Ouvi-a contar esse caso mais de uma vez e ouviria muitas mais, tão saborosa é sua performance. Army conta que o armazém vendia de tudo e era o ponto de encontro da região: “como um shopping”, ela explica. E segue, pontuando seu relato com comentários coloridos e divertidos, com a autoridade de quem é dona daquela história. Em sua voz, ressurge à nossa frente a menina moleca e arteira que ela foi, e que de certo modo continua sendo – ou não nos faria rir tanto com sua pequena desventura.
Graciliano Ramos, Sartre, Walter Benjamin e tantos outros escreveram livros inteiros dedicados às lembranças longínquas de seus primeiros anos; são relatos às vezes cheios de névoa, outras vezes surpreendentemente precisos. E García Márquez chegou a dizer que nada de interessante lhe aconteceu após os oito anos de idade, nascendo das suas lembranças de infância todo o poder gerador de sua obra. O olhar da criança agiganta e enche de significado os pequenos detalhes do cotidiano, como o torneado de um móvel, o pregão de um vendedor, os rituais familiares.
Quando o olhar enfeitiçado da criança se depara com incidentes que são marcantes também para os adultos, então o efeito se intensifica. Vem daí a vividez das imagens que guardamos dos grandes acontecimentos históricos que vivemos, ainda que de longe ou pela televisão. Essa nitidez está por trás do jogo narrativo que começa com a pergunta: “onde você estava quando.....? Gente da minha geração lembra, por exemplo, o golpe de 64 ou a chegada do homem à lua, que aconteceram quando éramos crianças. Outros perguntam o que os amigos estavam fazendo quando souberam da morte de Ayrton Senna, dos Mamonas Assassinas, ou da queda das torres de Nova York. A memória vai salvando aquelas cenas de nossa vida com as cores do mito, e isso passa para o relato oral, tornando-o especialmente valioso.
É clara a importância das pequenas anedotas de família – esses casos de nossa infância que contamos aos filhos e filhas, sobrinhos ou netos - no processo de identificação e auto-construção das crianças. Mas as histórias da infância dos indivíduos têm um papel que transcende a família: elas podem trazer coesão, significado e riqueza simbólica a comunidades inteiras. Que não tenhamos que esperar os cabelos brancos para compartilhar nossas mais divertidas, assombrosas e emocionadas histórias de infância. Mesmo crianças de oito anos podem sentir suas próprias primeiras lembranças misteriosas e distantes como fotos desbotadas, o que enche de encanto seus recontos. Quanto a quem já viveu muito, as memórias da infância podem estar tão tenras e frescas, que tornam-se apenas um jeito de contar não o que se foi um dia, mas o que se continua sendo.
Gilka Girardello é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina. É Coordenadora do Núcleo Infância, Comunicação e Arte da UFSC, contadora de histórias e jornalista. Autorizou a publicação desse artigo que foi originalmente publicado no site cultura e infância.

27 comentários:

Drika disse...

Histórias e causos... rastros de memória que vamos construindo em nossas redes de relação e que vão constituindo nossa identidade. Homens,mulheres, cariocas, paulistas, assim ou assado. Adoro também ler relatos de escritores que narram suas memórias de infância e vão tecendo os sentidos entre aquelas experiências e as pessoas que foram se tornando. Um belo exemplo é o livro de Elias Canetti, "Língua Absolvida" que traz passagens belíssimas sobre sua infância de criança imigrante, do contato com várias línguas, dos pais tão diferentes e tão marcantes em sua formação como leitor e intelectual...

Adri disse...

É mesmo, querida amiga... Histórias e causos fazem parte da nossa identidade e da nossa cultura. Afinal conhecemos um povo pelas suas histórias. Não há jeito melhor de conhecer um lugar, uma pessoa senão ouvindo as histórias que conta... E que gostoso ouvir histórias, não? Somos suspeitas para falar sobre isso afinal somos apaixonadas por elas!! Então que venham as histórias de vocês... Quem tem histórias da infância para contar e relembrar?
Beijos,
Adriana

Liliane Sanchez disse...

Puxa! Esse assunto das histórias vem de loooongeee...
Não é à toa que as grandes mitologias já transmitiam mensagens e conhecimentos para as futuras gerações envolvendo esse tipo de relato, usando essa "estratégia" para despertar o interesse e a atenção.
Também os gregos, já falavam da importância da curiosidade, do deslumbramento e do desejo de descobrir, atitudes humanas naturais, que levaram ao desenvolvimento da filosofia.
Com certeza muitos de nós devemos ter deliciosas histórias para contar, mas aproveito para sugerir a leitura de "Olhinhos de Gato" da Cecília Meirelles. São histórias/narrativas da memória de seu tempo de infância.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Super legal podermos contar o que marca a nossa infância,todos nós vivemos com a história,mesmo que venha do pai,da avó ou até mesmo de um vizinho próximo,assim como me lembro que uma amiga de minha mãe ganhou uma TV,minha mae estava todos os dias na casa dela pra poder assistir a novela e conhecer o famoso Tarcísio Meira,e quando tinha futebol,todos os amigos se reuniam na casa para assistir os gols,e depois viravam a noite contando contos engraçados.Essa história marcou muito a minha infância, porque hoje com o a modernidade, não nos reunimos mais para vermos o que gostamos e contarmos os nossos contos...

Adri disse...

Liliane,
Obrigada por aparecer... Gostei da sugestão do livro de Cecília Meirelles. Vamos olhá-lo com carinho e depois podemos trocar idéias!
Beijos,
Adriana

Adri disse...

Daniela,
Sei... Sua mãe deve ter vivido o famoso "tele-vizinho". Eu, quiando criança, assistia TV da minha janela que dava para ver a TV do vizinho. Isso naqueles programas que os pais não deixam ver e os vizinhos vêem... Esses momentos também ficam na história. No meu caso eram as histórias "em segredo", lidas, vistas ou ouvidas "as escondidas"...
Beijos,
Adriana

Unknown disse...

Isso mesmo Professora Adriana, minha mãe falou exatamente sobre a tele-vizinho, uma história bastante engraçada, isso me marcou muito, pois hoje sempre sentamos diante de uma Tv sozinhos... sem nenhum vizinho ou amigo pra comentar o que achou do assunto que assistimos...

Anônimo disse...

Adorei o texto, me remeteu à minha tenra idade de 05 anos, lembro-me vivamente dos acontecimentos da época. É muito bom ler um texto que nos faz viajar no tempo e, ao mesmo tempo, traz à tona memórias há muito guardadas. Uma história é sempre uma memória e sem memórias, não há história.
Abraços!

Anônimo disse...

Infelizmente tenho póucas lembranças de minha primeira infância, mas a primeira história que me fascinou e até hoje me acompanha chama-se "A Bolsa Amarela".
Foi mais ou menos na antiga terceira ou quarta série, quando tive meu primeiro contato com a Biblioteca Municipal, fiquei encantada, tinha orgulho da minha carteirinha, e adorava pegar livros. Talvez alguns se lembrem de uma coleção infanto-juvenil chamada Ciranda de Livros.
Li toda coleção mas houve um livro que foi especial, chamava-se "A Bolsa Amarela".Para ser bem breve, contava a história de uma menina que encontrava tudo que precisava em sua "Bolsa Amarela". Durante toda minha vida esta história me acompanhou, no meu imaginário e ingenuidade infanto juvenil, fiz de tudo para conseguir ter uma bolsa amarela, e pode parecer ridículo, mas até hoje tenho uma.
Mas a " Bolsa Amarela" de verdade é a que fui construindo ao longo da vida, está mesmo é dentro de mim,sempre comigo, ela nunca me abandona, e quando os conflitos e problemas me atordoam demais, lá está ela, sempre cheia de novos caminhos, novas opções e soluções para me oferecer...

Silvia Tkotz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Silvia Tkotz disse...

Gilka,

Você me proporcionou uma volta a momentos muito gostosos de minha vida. Momentos de contação de histórias...

Especialmente, reportei-me ao tempo, não muito distante, em que ouvia minha Tia Rita contando sobre as histórias dela quando chegou da Alemanha no Paraná. Com 92 anos, ela falava de seus encontros com onças e cobras. Ela conversava com os animais! Dizia que pessoas que nascem aos domingos tem esta habilidade. Pena que nasci em uma segunda-feira...

Não posso deixar de sugerir uma leitura que fala sobre essa coisa gostosa que é lembrar das avós: Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado. É uma gostosa leitura para todas as idades.

Beijos da
Silvia.

Adri disse...

Gian, Andrea e Silvia!
Adorei as lembranças e sugestões de vocês! A Bolsa Amarela livro de Lygia Bojunga citado por Andrea é mesmo inesquecível!! A Bisa Bia Bisa Bel de Ana Maria Machado também! Dois livros que todos deveriam conhecer e ler com prazer!
Beijos,
Adriana

Anônimo disse...

Muito interessante pensar que as histórias das nossas infâncias são tão decisivas na formação do indivíduo adulto. A bagagem que trazemos da nossa infância contribui para medir as mudanças de paradigmas que ocorrem de geraçao em geração e o reflexo que nossa geração tem sobre o futuro, sobre a infância atual.
Adorei o texto, tão simples e ao mesmo tempo tão profundo!
Abraços a todos!
Luciene Figueiredo

Adri disse...

Querida Luciene,
Obrigada por aparecer de novo!!Bom perceber que se pode falar de coisas sérias e profundas com essa simplicidade, não? Isso nos faz pensar sobre o que é conhecer e qual o verdadeiro papel de quem desperta/constrói o conhecimento. O professor tanto melhor será quanto mais for como esse contador que, de forma simples, fala de coisas imensamente profundas... Que sejamos todos contadores!
Beijos,
Adriana

Anônimo disse...

Engraçado, eu não tenho lá grandes recordações da minha adolescência ou infância, mas lembro que eu dei graças quando fiz 18 anos.

Ainda assim, o que mais me encanta da minha infância são as festas de aniversários temáticas.

Tinha sempre brigadeiro, cachorro-quente de forno, bexiga, saquinho-surpresa e refrigerante morno.

Minha festa preferida foi a da Chapeuzinho Vermelho. Lembro que eu escutava incansavelmente aquela K7 com a historinha o dia inteiro, durante os meus primeiros 7 anos de vida. Na festa, eu estava estonteante com o vestidinho de veludo vermelho atrás daquela mesa maravilhosa, com a vovó e o lobo reproduzidos do meu tamanho, todos desenhados pela minha mãe - ela era realmente criativa e hoje imagino que consegue gostar ainda mais que eu dos meus próprios aniversários.

Eu lembro que tive também da Cinderela, Branca de Neve, Aladdin e o castelo de isopor coberto de gliter, Pequena Sereia com a mesa coberta com farinha de mandioca para imitar a areia, Bela Adormecida, da boneca Menina-Flor da Estrela - aquela que virava um vasinho, e por ser em Junho, Festa Junina foram umas 5.

Quando eu era criança e fazia aniversários que ainda não continham números na casa das dezenas, era costume dar de presente bonecas, panelas e pratinhos de brinquedo, ursinhos, coisinhas coloridas realmente infantis. A gente brincava de pique-pega, pique-esconde e pique-bandeira. Retorno de festas de aniversário sempre significou pernas e joelhos arranhados, cabelo desgrenhado, rouquidão e um cansaço feroz. Eram horas de martírio para a mãe do aniversariante e de alegria incontida para os pequenos convidados.

Daí vejo criança pedindo celular de presente e a história da garota de 10 que fechou uma boate para os amigos e contratou go go dancers e barmen especializados em bebidas sem álcool.

Eles não sabem, mas estão perdendo uma das melhores partes da infância. E, certamente, as mais nostálgicas lembranças.

Anônimo disse...

Prof. Adriana.
Usar este blog. para mim é novidade e estou gostando.
As lembranças são como um livro de histórias guardadas em nossa memoria.E após ler este blog.Lembrei-me de uma historia que meu pai José contava quando eu e meus irmãos na fase escolar.
Ele contava: Quando ele era criança e morava na roça em uma cidadezinha de Minas Gerais...
A vida era muito difícil, a Escola era muito longe de casa e tinha que andar muito à pé,poeira no calor e lama na chuva, mato para todo lado.O LÁPIS tinha que durar o ano todo, e para isto conforme se ía usando o lápis, apontado a faca pelo meu avó, era então colocado um pedaço de bambú para imitar uma lapiseira para assim usar o lápis até o final, ficando um minìmo cotoco. O CADERNO,unico usado à lapis durante todo o ano, tinha que ser apagado quando terminava o ano para ser aproveitado no ano seguinte.Não tinha o desperdicio de hoje.
E por causa desta história peguei o hábito de não jogar lápis , nem caneta fora. Os lápis (coloridos e giz de cera) eu guardo, para ser aproveitado por outros...E as canetas só jogo fora quando realmente se acaba.
BY ROSIMERE FERREIRA.

Adri disse...

Fernanda e Rosimere,
Sejam bem-vindas! Muito bom aparecerem por aqui... Muito boas as histórias de vocês! Temos muito para conversar!
Beijos,
Adriana

Anônimo disse...

Professora,
Como eu já havia contado em sala, me lembro de algumas histórias de minha infância, e a maioria foram com os meus primos,vamos lá...
...Moravámos em uma casa que dividia parede com minha avó e minha tia; Minha mãe e minha tia trabalhava fora, então sobrava para uma outra tia minha o trabalho de tomar conta de três sobrinhos e seus dois filhos, totalizando cinco criaturinhas lindas, com idades em escadinha de 6 anos à 3 anos. Então numa tarde chuvosa resolvemos brincar de pique-esconde dentro de casa, e minha priminha mais nova (3 anos)nunca conseguia se esconder, então meu primo e eu, ambos de 6 anos, tivemos a brilhante idéia de joga-lá em cima do guarda-roupa de minha vó, ocasionando uma destruição total...quebrou o forro e ela caiu dentro do guarda-roupa, se não bastasse toda este espetáculo, minha prima ainda quebrou toda a louça do casamento de minha avó, que ela guardava dentro deste guarda-roupa, pois ela tinha pena de usar. Resultado...castigo o resto do dia. O que eu aprendi com esta lição ?
Nunca devemos ter pena de usar utensilios, pois um dia uma neta pode despencar em cima dele, e você nunca usará mesmo...rsrs.

Anônimo disse...

Renata,
Você e suas histórias, hein? Está se revelando uma contadora...
Beijos,
Adriana

Mônica Melo disse...

O que posso dizer das lembranças de minha infância, foi o dia em que minha irmã Angélica nasceu. Lembro-me bem, pois quando fomos ao hospital, minha tia, colocou em mim e em minha irmã Valéria os vestidinhos que havíamos ganhado do padrinho de Valéria. Ele era amarelinho cheio de preguinhas. Achei tudo o máximo, o nascimento de minha irmãzinha e a alegria de sairmos para visita-lá vestidas iguaiszinhas.
Outro momento, muito interessante, era quando passava um avião ou helicóptero nós, as três irmãzinhas, gritávamos: “Avião, trás um neném para mim”. Minha mãe dizia que quem trazia os bebês, era os aviões e, que bastávamos gritar que logo ele traria. Nesta época a Angelica já deveria ter uns três anos e já sentíamos falta de um bebezinho. Até que então, em 1972, o avião nos trouxe a Simone, irmã de número 4. De tudo que me lembro de minha infância, está fora a minha primeira lembrança, olha que só tinha três anos de idade. E, para finalizar, faço questão de dizer que meus pais, sempre foram exemplos para todas nós e, sendo assim, tudo que sou, tudo que tenho e tudo que serei, em primeiro lugar devo ao Senhor Jesus que morreu por mim e em segundo lugar, devo tudo a eles pois sempre foram exemplos para nós.

Anônimo disse...

Sempre gostei de ouvir histórias,pois mexem com a minha minha imaginação.
Lembro-me quando criança que ouvia, lia e assistia muitas histórias e cada uma tinha o seu encanto.Gostava muito da estórias infantis como; chapeuzinho vermelho,cinderela,pinóquio e principalmente "a bela adormecida" como adorava....
Portanto, o que marcou amiha infância foram as histórias contadas no "Sìtio do Pica Pau Amarelo",pois queria ser a Narizinho e viver todas as emoçôes que ela vivia de ter uma boneca de pano que virou gente e de viver num sítio em que todas as coisas eram possíveis.
As histórias de Monteiro Lobato me fascinavam, no entanto que certa vez fui em uma fazenda no interior de Minas Gerais em que naquela ocasião me senti com estivesse no Sítio do Pica Pau Amarelo...
Por isso digo, que é maravilhoso ser criança,a infância nos remete a fantasia e a inocência

Anônimo disse...

Sempre gostei de ouvir histórias,pois mexem com a minha minha imaginação.
Lembro-me quando criança que ouvia, lia e assistia muitas histórias e cada uma tinha o seu encanto. Gostava muito das histórias infantis como: Chapeuzinho Vermelho,Cinderela,Pinóquio, Alice no País das Maravilhas,Negrinho do Pastoreio, Vitória Régia e principalmente "A Bela Adormecida" como adorava....
Portanto, o que marcou a minha infância foram as histórias contadas no "Sìtio do Pica Pau Amarelo",pois queria ser a Narizinho e viver todas as emoçôes que ela vivia de ter uma boneca de pano que virou gente e de viver num sítio em que todas as coisas eram possíveis.
As histórias de Monteiro Lobato me fascinavam, no entanto que certa vez fui em uma fazenda no interior de Minas Gerais, e naquela ocasião me senti como se estivesse no próprio Sítio do Pica Pau Amarelo...
Por isso digo, que é maravilhoso ser criança,a infância nos remete a fantasia e a inocência

Anônimo disse...

Monica e Rosemary,
Obrigada por aparecerem por aqui!
Beijos,
Adriana

Anônimo disse...

Como disse na aula não tenho grandes lembranças da minha infância, mas irei relatar algumas situações que me recordo com carinho...
Me lembro dos meus primeiros dias de aula, da sala, de alguns amigos da professora(tia Márcia), da história do macaquinho que ela contava sempre e que eu me emocionava, pois me via como protagonista naquela história sentindo falta da minha mãe e até de amor paterno, já que não conhecia meu pai( quem quiser saber com é a história, em uma oportunidade eu conto na sala, ok) Nas primeiras semanas de aula a minha mãe foi "obrigada" a ficar na janela da sala me olhando durante todo o tempo, e quando ela se afastava era uma gritaria só. Acredito que isso acontecia pelo fato de que eu não a tinha por perto quase em menhum momento de minha vida, já que ela trabalhava durante o dia e dava alguns plantões à noite. O que me acalmou quando minha mãe teve que voltar ao trabalho, após mais ou menos um mês de aula era a CHUPETA, eu a chupava com a cabeça abaixada para que nenhuma criança a visse. Fui fazendo isso durante um bom tempo, até que... me viram com a chupeta na boca e começaram a zombar de mim. Chorei muito, me senti envergonhada e a partir daí nunca mais chupei chupeta.
Tomei tanto trauma da chupeta que quando meu filho nasceu, ele ganhou várias de presente, mas... joguei-as fora!

Anônimo disse...

Rosana kanhet responde...

Ao sentar-me para fazer este relato, tive lembranças que me remeteram ao tempo em que éramos soltos e despreocupados. Eu e meus irmãos sempre brincávamos juntos em nossa casa, que possuía um quintal muito pequeno, e minha mãe não nos deixava fazê-lo na rua, mas, quando ela nos levava à casa da Dona Tereza, uma de nossas vizinhas que tinha um quintal enorme, nós aproveitávamos e brincávamos de pique, queimada, fazíamos bolo de terra, sentíamos-nos livres, e no final da tarde tinha um delicioso lanche que, só de pensar, me dá água na boca.
Entretanto uma especial fase que vivi foi a pré-adolescência, período de descobertas, em que minha mãe nos levava ao cinema, à pracinha e tudo era muito especial, tudo era novidade, e soma-se a essas delícias o fato de eu ter conhecido uma menina que se tornou minha melhor amiga até os dias de hoje. Presentemente esta minha amiga mora muito longe e, uma vez ao ano, nós nos revemos e fazemos a maior festa juntas, agora porém com nossos filhos e aproveitamos para relembrar essas coisas gostosas que vivemos quando crianças e adolescentes. Por tudo isso buscamos proporcionar aos nossos rebentos a oportunidade de vivenciarem intensamente estas fases, que marcarão para sempre o seu desenvolvimento, como seres abençoados por poderem desfrutar de sua infância como CRIANÇAS.
Um abraço a todos!

Anônimo disse...

Nossa... Mais gente! Rosana e Andrea sejam bem-vindas! Boas histórias...
Beijos,
Adriana